http://mariliaescobar.wordpress.com/2012/11/16/auto-hemoterapia-em-animais/
Auto-hemoterapia – Você conhece? Pode ser utilizada em animais?
A auto-hemoterapia consiste na retirada de sangue por punção venosa e sua imediata administração por via intramuscular ou subcutânea, em que o doador e o receptor são o mesmo indivíduo. Também é conhecida como terapia do soro, imunoterapia ou auto-hemotransfusão.
Consta na literatura existente sobre o assunto que a auto-hemoterapia foi introduzida como tentativa terapêutica por Ravaut, por volta de 1910 e, desde então, tem sido utilizada como tentativa de tratamento de diversos problemas de saúde, tanto em humanos quanto em animais. Apóia-se na comparação do procedimento à aplicação de uma vacina autógena, estimulando a resposta imune do organismo diante de uma série de problemas, infecciosos ou não, cuja explicação se baseia no raciocínio do foco de infecção.
Entenda como ela funciona:
Sem contra indicações ou reações adversas, sem restrições de idade, sexo ou doença, ela consiste em retirar semanalmente uma pequena quantidade de sangue, como se fosse uma simples coleta para um exame de sangue e, logo em seguida, sem qualquer alteração, injetar esse sangue no músculo deltóide, na coxa ou no glúteo da própria pessoa , como se fosse, e é, uma vacina, imitando um hematoma comum, só que invisível, pois é intramuscular. O sangue vai estimular o sistema imunológico, as defesas naturais do corpo, tal qual uma vacina qualquer, provocando uma reação do sistema imunológico levando à cura, por exemplo, de doenças alérgicas ou infecciosas, amenizando doenças crônicas e suas sequelas, levando à melhora da qualidade de vida do doente, diminuindo seu sofrimento, a fragilidade da sua saúde, provocando, ainda, uma maior resistência aos efeitos colaterais das medicações alopáticas em geral, acelerando a convalescença do doente ou como um preventivo, aumentando sua resistência imunológica, e evitando doenças ainda não manifestas. O tratamento convencional proposto por médico alopata nunca deve ser abandonado, devendo-se usar a ah como complemento, concomitantemente.
O seu sistema imunológico interpreta o sangue injetado no músculo como uma invasão externa num primeiro momento e, ao analisar essa invasão, esse sangue não é reconhecido como tecido autólogo (do próprio corpo), exatamente como ocorre com um hematoma, que nada mais é que um sangramento interno, subcutâneo. Nesse momento, o sistema imunológico vai providenciar a limpeza da região (assim acontece com os hematomas, vão sumindo aos poucos), quadruplicando a quantidade de macrófagos, que são os “faxineiros” do corpo. Em consequência, os macrófagos fazem uma espécie de varredura no corpo, eliminando ou reduzindo todas as impurezas (vírus, agentes tóxicos, infecciosos, etc…) que causam ou causarão alguma doença, mas que passaram desapercebidas pelo seu sistema imunológico. E ainda “treina” seu sistema imunológico a não agredir seu próprio corpo, curando ou diminuindo doenças auto-imunes, ao “desviar” a atenção do sistema imunológico, para não mais agredir seu corpo.
Abaixo segue vídeo da auto-hemoterapia em um cão.
E você, conhece a auto-hemoterapia? Já fez? Seu animalzinho já fez? Como foi o tratamento? Queremos ouví-lo!
*Artigo científico “Auto-hemoterapia, intervenção do Estado e bioética”. Autores: Denise Ferreira Leite, Patrícia Fernanda Toledo Barbosa, Volnei Garrafa.
*Auto-Hemoterapia: Contribuição para a Saúde - Conversa com Dr. Luiz Moura (http://pdfcast.org/download/auto-hemoterapia-por-olivares-rocha-livreto-de-2010.pdf).
OBS: Obrigada pela dica, Karine Silva e ao leitor Olivares por indicar um ótimo material, completando assim a matéria antes postada.
Marilia Escobar